Publicação do Instituto de Pesquisas Avançadas em Educação
ano 12 - nº 2975 - segunda-feira 19 de março de 2007
ISSN 0104-9895

 

Principais pontos do Plano de Desenvolvimento da Educação começam a ser discutidos pelos setores interessados nas propostas

O Plano de Desenvolvimento da Educação, cujas linhas gerais foram apresentadas pelo Ministro da Educação no último dia 15 de março, define metas na educação infantil, ensino fundamental, médio, profissional e superior, com maior ênfase no setor público.
O segmento privado mais beneficiado será o superior que poderá vir a transformar seus débitos tributários com o governo federal por meio de bolsas de estudos.
Nenhuma das medidas têm aplicação imediata e muitas dependem de alteração da legislação.
As entidades setoriais envolvidas começam a debater os reflexos do PDE e deverão apresentar ao Ministério da Educação propostas concretas para transformar os planos em medidas reais.
O sistema proposto é ambicioso e precisa ter recursos financeiros adicionais alocados a curto, médio e longo prazo.
O êxito do Plano é fundamental para a manutenção do atual Ministro da Educação no cargo e graças à ele foi possível que Fernando Haddad continuasse à frente da pasta.   Não obstante a essa decisão do Presidente da República o Ministério continua sendo cobiçado por outros segmentos do Partido dos Trabalhadores.

IPAEduc 073-03/07)
 

Conflitos entre convenções coletivas de trabalho e legislação educacional faz com que muitos acordos sindicais tenham que ser modificados

As relações entre professores e auxiliares de administração escolar que trabalham na rede particular de ensino são definidas pelas convenções coletivas de trabalho firmadas entre sindicatos patronais e dos trabalhadores de educação.
Há algumas cláusulas que estão hoje em conflito com a legislação educacional e que não podem continuar existindo, sob pena de prejuízo para os alunos.
Um exemplo é o da duração do tempo das aulas. As normas do Direito Educacional exigem que sejam de 60 minutos, pouco importando que diurnas ou noturnas. Existem ainda algumas convenções que falam em 40 minutos, quando as aulas são à noite e 50, durante o dia.
As diversas modificações das disposições educacionais exigem também, em alguns casos, tempo integral, o que representa no mínimo 40 horas semanais. A Consolidação das Leis do Trabalho fala que é vedado ao professor ministrar mais de quatro horas consecutivas ou seis intercaladas, possibilitando, desta forma, que o limite seja de 36 horas.
As modificações trazem sempre grandes discussões pois representam, sempre, alterações de bases salariais ou de maior volume de trabalho.
Na maioria dos Estados brasileiros a data-base dos dissídios é março e são previstas significativas mudanças, especialmente nas cláusulas chamadas não econômicas.

(IPAEduc 074-03/07)
 

Eixos temáticos para os Cursos Superiores de Tecnologia trazem mudanças para as instituições de ensino superior

O Parecer nº 277, de 2006, da Câmara de Educação Superior do Conselho Nacional de Educação, recomendou que os Cursos Superiores de Tecnologia sejam agrupados em eixos temáticos.
Um documento anexo ao citado Parecer reúne em onze grupos os quase cem cursos inseridos no Catálogo Nacional criado pelo MEC.
A íntegra do documento, contendo os eixos e os cursos, foi publicado no Diário Oficial do dia 15 de março, seção 1, páginas 8 e 9, podendo ser visto pelo site www.in.gov.br.

(IPAEduc 075-03/07)

 

Novas Orientações Curriculares para o Ensino Médio já estão disponíveis para as escolas públicas e privadas

Existem atualmente em funcionamento 23.561 escolas que ministram ensino médio, sendo 16.570 públicas e 6.991 particulares.  Nelas estudam, respectivamente, 7.933.715 e 1.097.589 alunos.
O Ministério da Educação definiu para o setor novas Orientações Curriculares que são divididas em três grupos: Linguagens, Ciências da Natureza e Ciências Humanas.
Os documentos contemplam todas as disciplinas, inclusive Sociologia e Filosofia, que voltaram a ser obrigatórias.
O conjunto de informações está disponível no site do MEC, especificamente na área da Educação Básica/Ensino Médio.
As escolas mantidas pelas redes públicas estão recebendo os textos impressos (são três volumes). Foram impressos mais de 120.000 conjuntos e remetidos pelos correios. Os estabelecimentos particulares terão que copiá-los da internet.
A maioria dos Conselhos Estaduais de Educação definiram que as modificações da estrutura curricular devam acontecer a partir de 1º de janeiro de 2008.

(IPAEduc 076-03/07)

 

Orientação técnica – Concessão de bolsas de estudo nas escolas particulares

Não há, na legislação brasileira, normas que garantam aos alunos, de uma forma genérica, direito a bolsas de estudos nas escolas particulares. A única exceção passou a existir a partir da criação do Programa Universidade para Todos, mantido pelo poder público federal. O benefício concedido pelos estabelecimentos é uma liberalidade e não assegura sua permanência para um ano ou semestre seguinte.Uma antiga lei que beneficiava desconto para irmãos foi revogada e, portanto, não é mais aplicável.0s estabelecimentos de ensino possuem, via de regra, critérios próprios para que os descontos sejam oferecidos, representando uma bolsa parcial. Igualmente não podem ser discutidos, pelos alunos ou famílias, os procedimentos usados para as gratuidades. A decisão de conceder ou não tratamento diferenciado é de estrita competência das direções dos estabelecimentos de ensino.


(IPAEduc 077-03/07)

 

Direitos na educação – Acréscimos por atraso de pagamento das mensalidades nas escolas particulares

A legislação permite que as escolas insiram nos contratos de prestação de serviços educacionais multa de 2% sobre o valor principal, após o vencimento.
A data é livremente fixada pela entidade mantenedora mas deve constar dos documentos firmados entre alunos e unidades de ensino.
Além da multa é permitida a aplicação de juros e, quando o atraso for superior a trinta dias, a correção monetária, tomando-se por base o índice oficial.
Essas regras devem ficar bem claras antes do início das matrículas, sendo recomendado que os percentuais sejam esclarecidos no edital, junto com os quantitativos dos serviços.

(IPAEduc 078-03/07)

Jornal da Educação

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    (enfoca os principais acontecimentos que ocorrem no Brasil e no Mundo na área educacional, sendo as matérias aprofundadas nos Informativos (mensais) e Revistas especializadas (bimestrais) também editadas pelo IPAEduc )
  • Exemplares arquivados na Biblioteca Nacional de acordo com Lei nº 10.944, de 14 de dezembro de 2004 (Lei do Depósito Legal).
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    O Instituto de Pesquisas Avançadas em Educação é uma organização social de iniciativa privada que tem como objetivo o desenvolvimento da qualidade da educação. Atua nas áreas de Administração da Educação, Informações Educacionais, Direito Educacional, Tecnologia em Educação, Educação a Distância e Pesquisas Educacionais.
  • FICHA CATALOGRÁFICA
    Jornal da Educação – Ano 1 – nº 1 (fevereiro de 1995) – Rio de Janeiro – Instituto de Pesquisas Avançadas em Educação (diário)
    1. Direito à educação – periódico. I – Instituto de Pesquisas Avançadas em Educação – CDU 37.011.001.4