Publicação do Instituto de Pesquisas Avançadas em Educação
ano 12 - nº 2961 - terça-feira 27 de fevereiro de 2007
ISSN 0104-9895

 

Aprovação de cursos de medicina pelo MEC causa polêmica

A Organização Mundial da Saúde estabelece que a relação ideal, para um adequado atendimento, é de um médico para mil habitantes.Temos profissionais de sobra. Nem por esse motivo os problemas de assistência foram resolvidos. Ao contrário, o sistema da saúde continua repleto de falhas, algumas graves, e falta mão-de-obra em muitas regiões, até na cidade de São Paulo, onde há, em média, 260 médicos para cada cidadão, explica o presidente da Associação Paulista de Medicina, Jorge Carlos Machado Curi.
A opção pela quantidade é equivocada e irresponsável, já está provado. Enquanto a mercantilização da saúde prevalece, e o governo federal sustenta a proliferação de novos cursos de Medicina, os erros médicos aumentam assustadoramente. Na última década, as denúncias cresceram cerca de 160%.
Formar só para formar, sem oferecer um aprendizado consistente e todos os recursos necessários à boa prática da Medicina só atende aos interesses daqueles que abrem novas faculdades apenas com o intuito de amealhar riqueza.
É um crime contra a população, que tem seu direito fundamental à saúde ultrajado e vê sua vida colocada em iminente risco. De 2002 a 2007, oito novas escolas de Medicina entraram em funcionamento no Estado de São Paulo: cinco na capital e três no Interior. Hoje, somam 31, formando anualmente mais de 3 mil médicos.
O processo de mercantilização é evidente. As mensalidades são exorbitantes, giram em torno de R$ 3 mil, mas os cursos muitas vezes não têm professores qualificados, faltam-lhes instrumentais básicos e hospital-escola, a grade curricular nem sempre é adequada e existem graves problemas pedagógicos. A cada ano, parcela expressiva dos novos profissionais colocados no mercado apresenta formação insuficiente. Problema que se torna mais sério pela falta de vagas para a residência médica.
 A Associação Médica Brasileira e a Associação Paulista de Medicina buscarão as medidas legais cabíveis para reverter esse quadro e para embargar a abertura dos novos cursos, defendendo, assim, a saúde da população.
De qualquer forma, cabe a cada cidadão paulistano - e também a cada brasileiro - começar a pensar na hipótese de, em caso de enfrentar problemas no atendimento médico de saúde, acionar juridicamente o governo pelo aval que tem dado à abertura, no mínimo, pouco criteriosa e totalmente desnecessária de cursos de Medicina.
 

(IPAEduc 091-02/07)
 

Pacote do governo prevê mudanças e melhoria da qualidade da educação

O governo está elaborando um pacote de medidas na área social, que prevê a unificação de todos os programas federais destinados à juventude.
O plano já foi discutido pelo presidente Lula e por ministros palacianos com o ministro do Desenvolvimento Social,
Patrus Ananias, e agora está sendo detalhado neste ministério.
O governo ainda não decidiu se esses programas receberão novos recursos ou se haverá apenas uma racionalização dos gastos atuais. Com a fusão de alguns deles, há estimativas de que haverá economia e deixará de haver superposição de iniciativas para que um número maior de jovens possa ser atendido.
Não há ainda data prevista para o anúncio do pacote destinado à melhoria da qualidade da educação, que o presidente encomendou ao ministro Fernando Haddad e que estaria mais adiantado. O foco do pacote da educação é o ensino fundamental e, entre as medidas, está a mudança dos critérios de avaliação das escolas, dos professores e dos alunos do ensino público.
A idéia é ter um tipo de avaliação que estimule a qualificação do ensino.
Uma coisa, porém, já foi acertada no Planalto em relação aos pacotes que vêm sendo elaborados: nenhum deles será batizado como "
PAC da Educação" ou "PAC Social".
A sigla é considerada um sucesso no governo. Mas, por isso mesmo, não deve ser banalizada. Cada programa ou conjunto terá o que se chama no Planalto de "personalidade própria".

(IPAEduc 092-02/07)


Disputa entre empresas e INSS sobre o auxílio - educação provoca discussão

Uma disputa silenciosa que se arrasta há anos e interessa muito a milhares de trabalhadores brasileiros, entre o auxílio-educação, benefício que um número crescente de empresas passou a conceder aos empregados, como forma de aperfeiçoamento profissional, e o Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS). Que vê tal benefício como remuneração salarial, portanto passível de contribuição previdenciária.
Por equiparar essa despesa a salário, a fiscalização do INSS multa as empresas por não terem feito o recolhimento à Previdência correspondente ao auxílio-educação.
A aberração está no fato de o Estado punir empresas que procuram, com esse investimento na qualificação dos funcionários, suprir uma deficiência do próprio poder público, incapaz de oferecer à população uma educação de qualidade mínima.
“Embora tenha valor econômico o auxílio-educação constitui investimento na qualificação dos empregados e não pode ser considerado salário in natura”, relatou o ministro Luiz Fux, em sentença da 1ª turma do STJ, de outubro de 2005. 


(IPAEduc 093-02/07)


 
Dirigentes do Brasil e Angola se reúnem para discutir Educação

Representantes do Ministério da Educação participam nesta terça-feira, 27, do 1º Encontro Municipalista Brasil-Angola, evento que vai discutir temas como merenda escolar, Universidade Aberta do Brasil e capacitação de professores.
O encontro, no auditório da Associação Brasileira de Municípios (ABM), em Brasília, reúne prefeitos municipais e dirigentes do governo angolano e do Brasil. Eles também vão trocar informações sobre o Fundo de Apoio Social, agência do governo de Angola dedicada à reconstrução da infra-estrutura social e econômica do país.
Na quarta, 1o , o encontro prosseguirá em Unaí (MG), para que os dirigentes angolanos conheçam a gestão municipal no Brasil.
Também nesta terça, Alessandro Candeas, chefe da Assessoria Internacional do MEC, falará no encontro sobre a agenda de cooperação Brasil África, destacando temas como formação de professores, alfabetização, educação especial e apoio do Brasil ao Instituto Nacional de Desenvolvimento da Educação de Angola. Em seguida, Hélio Chaves, diretor de Política em Educação a Distância, explicará como funciona a Universidade Aberta do Brasil (UAB), coordenada pela Secretaria de Educação a Distância do MEC.
Outras informações pelo telefone (61) 3226-9520 ou na página eletrônica  da Associação Brasileira de Municípios.
www.abm.org.br

(IPAEduc 094-02/07)


Orientação Técnica –
Violência contra crianças e adolescentes  

As escolas são responsáveis pelo acompanhamento das crianças e adolescentes durante o período escolar, contudo essa atribuição se estende a verificar se o menor sofre maus tratos fora do ambiente físico da unidade de ensino.
0correndo sintomas de violência doméstica a direção da escola, pública ou particular, deve procurar agir de forma a evitar que existam danos físicos ou psicológicos. 
Uma primeira medida é procurar apurar os fatos conversando com os responsáveis.
Não sendo sentido resultados favoráveis deve levar os fatos às autoridades competentes.  
Na maioria das cidades existe um Conselho Tutelar mas, dependendo do risco, é recomendável o encaminhamento da questão para as autoridades policiais ou judiciais da jurisdição. Desnecessário dizer que sempre deve haver os comunicados por escrito.

(IPAEduc 095-02/07)

Direitos na educação –Uso de aparelhos celulares nas escolas

O uso de celulares pelos jovens é hoje uma realidade irreversível e no interior dos colégios o mesmo é símbolo de modernidade.
A legislação é omissa quanto ao uso do mesmo cabendo aos regimentos escolares definir os procedimentos e limites. Atualmente em muitos contratos de serviços educacionais já há cláusula sobre o assunto mas na maioria dos casos fica ainda à mercê da decisão dos coordenadores e diretores de escolas.
Quando não há uma expressa normatização deve prevalescer o bom senso que vem recomendando uma liberdade de uso nos horários de intervalo e expressa proibição durante as aulas.

(IPAEduc 096-02/07)

Jornal da Educação

  • Publicação diária do Instituto de Pesquisas Avançadas em Educação
    (enfoca os principais acontecimentos que ocorrem no Brasil e no Mundo na área educacional, sendo as matérias aprofundadas nos Informativos (mensais) e Revistas especializadas (bimestrais) também editadas pelo IPAEduc )
  • Exemplares arquivados na Biblioteca Nacional de acordo com Lei nº 10.944, de 14 de dezembro de 2004 (Lei do Depósito Legal).
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    O Instituto de Pesquisas Avançadas em Educação é uma organização social de iniciativa privada que tem como objetivo o desenvolvimento da qualidade da educação. Atua nas áreas de Administração da Educação, Informações Educacionais, Direito Educacional, Tecnologia em Educação, Educação a Distância e Pesquisas Educacionais.
  • FICHA CATALOGRÁFICA
    Jornal da Educação – Ano 1 – nº 1 (fevereiro de 1995) – Rio de Janeiro – Instituto de Pesquisas Avançadas em Educação (diário)
    1. Direito à educação – periódico. I – Instituto de Pesquisas Avançadas em Educação – CDU 37.011.001.4