Novembro foi o mês dos principais
exames da educação brasileira. O ENEM 2019 transcorreu sem maiores
incidentes. Foram mais de 5 milhões de inscritos para as provas
realizadas em dois fins de semana.
O (Enade) teve como destaque um expressivo comparecimento dos
inscritos, segundo o MEC. De acordo com o Instituto Nacional de
Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira 390.365 participantes
realizaram as provas, o que corresponde a 89,6% dos estudantes
habilitados.
Os maiores percentuais de comparecimento estão entre os estudantes de
medicina (97,8%) e odontologia (96,1%). Fonoaudiologia (94,8%),
engenharia de alimentos (94,2%) e medicina veterinária (94,2%) também
foram áreas que registraram taxa acima da média nacional.
O teste foi aplicado no domingo, 24 de novembro, em 1.217 locais
espalhados por 1.063 municípios de todo o país. Nesta edição,
aproximadamente 9 mil cursos de 29 graduações ofertadas por 1.953
instituições de educação superior serão avaliados. O Questionário do
Estudante foi respondido por 93,7% dos participantes.
Na estrutura do MEC, uma mudança relevante. O professor Ataíde Alves
foi exonerado da Secretaria de Regulação e Supervisão da Educação
Superior (SERES). Em se lugar, assumiu a Dra. Kathleen Ferrabotti
Matos.
Enquanto isso, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas
Educacionais Anísio Teixeira (Inep) lançou o Catálogo de Escolas da
Educação Básica, com informações de endereçamento, localização e
oferta educacional das escolas brasileiras que participaram da última
edição do Censo Escolar, coletado em 2018. A consulta ao catálogo pode
ser feita a partir de recortes de interesse do usuário ou diretamente
para uma escola.
Já o Conselho Nacional de Educação aprovou a formação de professores
em quatro anos. As novas diretrizes para a formação de professores que
ampliam a duração dos cursos e estabelecem maior foco em atividades
práticas. Parte dos cursos deverá ser conectada à Base Nacional Comum
Curricular (BNCC), documento que prevê o que os alunos da educação
básica devem aprender.
O documento também estipula um conjunto de competências que se espera
de um professor formado. Ficou decidido que as graduações de
licenciaturas e pedagogia deverão ter duração de quatro anos, e não
mais de três anos. A previsão de carga horária maior já constava em
resolução de 2015 do CNE, mas sua vigência tem sido adiada desde
então.
Agora, as formações de professores precisam ter ao menos 3.200 horas,
divididas em quatro anos. Metade da carga horária será voltada para
conteúdos específicos das áreas e componentes previstos na BNCC.
O período equivalente a um ano (800 horas) será comum a todos os
cursos de formação de professores, com conceitos educacionais e
pedagógicos. Outras 800 horas terão foco na prática pedagógica.
No Congresso Nacional, destaque para a Comissão de Educação do Senado,
que aprovou Projeto de Lei permitindo que gestantes e mães
universitárias possam ter aulas a distância. O projeto concede às
estudantes universitárias o direito ao acompanhamento das aulas por
meios virtuais caso estejam grávidas ou amamentando. Pela norma, a
partir do oitavo mês de gestação e durante três meses existirá esse
direito, desde que operacional e didaticamente seja possível.
No âmbito internacional, uma pesquisa constatou que o número de
estudantes brasileiros nos Estados Unidos subiu quase 10%. O número de
estudantes brasileiros em universidades dos Estados Unidos aumentou
9,8% no último ano, chegando a 16.059 no período letivo de 2018/19. A
alta é a segunda maior entre os estudantes estrangeiros, ficando atrás
apenas da de Bangladesh, de acordo com o relatório Open Doors, da rede
Education USA, afiliada ao Departamento de Estado americano.
Nos últimos dois anos, houve uma retomada no crescimento do número de
alunos brasileiros no ensino superior americano, mas a marca ainda
está distante do auge dos últimos dez anos, de 23,6 mil, em 2014/15.O
Brasil fica em 9.º lugar no quadro geral, atrás de China (369.548
estudantes) e de outros países da Ásia e do Oriente Médio, além do
Canadá.
(IPAE 137
– 12/19)
EXPEDIENTE
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Educação
em Foco
Publicação mensal do Instituto de Pesquisas e Administração
da Educação
Exemplares arquivados na
Biblioteca Nacional de acordo com Lei nº 10.944, de 14 de
dezembro de 2004 (Lei do Depósito Legal).
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Administração da Educação
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Responsável - João Roberto
Moreira Alves
Edição e Administração
Instituto de Pesquisas e Administração da Educação
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FICHA CATALOGRÁFICA
Educação
em Foco
- Nº 1 ( 1987). - Rio de Janeiro: Instituto de Pesquisas e
Administração da Educação, 1980 - N.1 ; 29.5 cm - Mensal Publicação
do Instituto de Pesquisas e Administração da Educação.
ISSN - 0103-0949
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